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Animais de estimação e o perigo do amor distorcido


Animais de estimação e o perigo do amor distorcido, por Jeferson Betarello

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O relacionamento entre os seres humanos e os animais domésticos se perde no tempo, como no caso dos cães que desde sempre se integraram aos grupos humanos numa relação de troca. Peguemos esse exemplo da relação entre as pessoas e os cães para não nos estendermos desnecessariamente naquilo que desejamos expor neste pequeno artigo. Os cães ajudam desde a antiguidade na proteção do lar e na obtenção de alimentos. Com o passar do tempo a convivência criou fortes elos entre os donos e seus cães, que passaram a ser de estimação, convivendo cada vez mais intensamente nas famílias humanas.

Atualmente a convivência por necessidades práticas está restrita aos cães de maior porte que ainda ajudam na proteção das casas e, no campo, ajudam na caça aos animais que prejudicam as atividades agrícolas ou pecuárias. Mais e mais se adotam animais de pequeno porte para a convivência no seio do lar, onde a relação passa a ser totalmente afetiva. Os produtos e serviços oferecidos para o tratamento e cuidado com os chamados “pets” crescem ano após ano, com lucros da casa de muitos milhões ou bilhões em termos globais. O cuidado com os animais domésticos tornou-se parte do orçamento e a qualidade de vida e longevidade dos animais cresceu.

A esta altura do texto o leitor perguntaria: onde está o problema? Nossa resposta é que o problema está nas distorções que isto pode e vem causando nas relações entre pessoas e animais. Sabemos que se pode prejudicar a educação de um filho acreditando que estamos agindo por amor. O mesmo pode ocorrer em nossas relações com os animais que amamos.

Muitas pessoas convivem somente com animais, perdendo a oportunidade de relacionar-se com outras pessoas. Focam todas as suas carências afetivas apenas nos animais, distanciando-se do convívio até mesmo familiar. Será que isto é correto do ponto de vista do nosso tempo de vida e oportunidade de evolução nesta encarnação?

Temos testemunhado muitas pessoas dizendo que os seus “pets” são mais evoluídos que muita gente, o que contraria totalmente as bases doutrinárias do Espiritismo. Sob a ótica espírita o pior dos humanos é infinitamente mais importante do que o melhor dos animais, tendo em vista que a humanidade é um estágio evolutivo muito superior ao de qualquer outro ser vivo em estágio anterior.

Também temos testemunhado a maior atenção dispensada aos animais domésticos do que aos parentes, amigos - até mesmo quando esses visitam os lares onde existem animais de estimação. Não raras vezes a atenção fica focada no animal e não nas pessoas que ali se encontram. Ou seja, os animais são elevados à categoria de humanos. A isto chamamos de humanização dos animais.

Uma pessoa conta sobre o nascimento de um filho e a outra, que tem um animal de estimação, responde que tem um cachorrinho que é seu filhinho, fala para o sobrinho que o “pet” é seu priminho!

A humanização dos animais é um crime que cometemos contra nossos “pets”, eles são animais e não seres humanos. Assim como seria ridículo e prejudicioso tratar um bebê como um adulto, da mesma forma é extremamente inadequado tratar um animal, por mais inteligente e meigo, como um ser humano, vestindo-o com roupas e apetrechos, colocando-o para assistir televisão, usar brinquedos feitos para crianças e outras tantas situações que estressam psicologicamente o animal ao tentar fazer dele o que ele não é.

Devemos cuidar com afeto dos animais que nos fazem companhia, eles são dóceis, são seres que nos dão alegrias, mas temos que saber respeitar o limite desses seres pois, para eles, somos como deuses. Quantas pessoas gastam altas quantias de dinheiro com animais, em coisas supérfluas, enquanto em nossa sociedade crianças passam fome? Será que isto não é algo a se pensar?

Vamos nutrir e cuidar dos nossos “pets”, vamos dar carinho e atenção, mas jamais colocá-los acima de outros seres humanos. Quando uma pessoa vem nos visitar recolhamos o nosso “pet” a um outro aposento para ele ficar confortável e podermos nos doar para quem saiu do seu lar para nos ver pessoalmente. Nem todas as pessoas são ligadas aos animais e se sentirão desconfortáveis e mal recebidas se não respeitarmos o tempo que elas nos dedicaram, se formos o tempo todo interrompidos com latidos e travessuras dos pequenos animais que tanto amamos.

Como última reflexão devemos colocar a seguinte questão: o tempo e o dinheiro que eu gasto com o meu animal são exagerados? Estou fugindo dos relacionamentos com humanos que são muito complexos e preferindo ficar com seres que jamais me ofendem ou criticam?

O nosso intuito foi promover uma reflexão sobre a forma das relações entre as pessoas e os animais atualmente, visando buscar um equilíbrio saudável onde possamos ser pessoas sociáveis, não permitindo que o amor por um animal nos afaste da sociabilidade que tanto contribui para o nosso desenvolvimento espiritual.

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Texto extraído do site da USE Regional SP: www.useregionalsp.com.br

 


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